sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Sou como o vento leve sem rumo
sou como o regato, límpido e raso
sou um trago do mais barato fumo
e como fumaça cinza melancólica passo

sou perdida em torres de mistérios
bebendo as dores do calabouço interno
fantasiando os verdes olhos que não vejo
guardando num porão as chaves do desejo

sou assim, simples e confusa
intrusa do meu próprio medo
sentido a culpa de um terrivél segredo

tenho os presságios de quem usa
as sórdidas mágias de um feiticeiro
e debaixo do lençol se esconde inutilmente do desespero.

*drika duarte*

domingo, 16 de setembro de 2007

Abismo-me, senhora,
De tanto olhar
Os teus
Nos meus
*Alessandre de Lia*

terça-feira, 11 de setembro de 2007

DEPOIS QUE ELA LHE DISSE
O QUE FOI DITO
A LAGRIMA CAIU

NAQUELE INSTANTE TUDO DEIXOU DE EXISTER
NADA DO QUE TINHA ACONTECIDO VALIA A PENA
OU TINHA VALIDADE

ESTAVA CAINDO NO ABISMO
ERA NO ABISMO Q SE ENCONTRAVA DESDE ENTÃO

SUA ALMA TREMEU...

NÃO PODIA FAZER NADA
DIZER NADA
ISSO ERA OQUE A DOLORIA
O QUE A TRANSFORMAVA

LOUCOS INVADIAM SUA ESTRADA, SUA IDA
E DEPOIS, A LARGAVA NA SAÍDA

A VERDADE NÃO DOIA, NÃO A IRRITAVA
O QUE PENSAVAM, ERA O QUE A INCOMODAVA

O CALOR PASSOU A SER FRIO
E O FRIO A CONGELAVA
ESTATICAMENTE ABERTA
LENTAMENTE SE FECHAVA

*MARIA PINHEIRO*