sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Sou como o vento leve sem rumo
sou como o regato, límpido e raso
sou um trago do mais barato fumo
e como fumaça cinza melancólica passo

sou perdida em torres de mistérios
bebendo as dores do calabouço interno
fantasiando os verdes olhos que não vejo
guardando num porão as chaves do desejo

sou assim, simples e confusa
intrusa do meu próprio medo
sentido a culpa de um terrivél segredo

tenho os presságios de quem usa
as sórdidas mágias de um feiticeiro
e debaixo do lençol se esconde inutilmente do desespero.

*drika duarte*